O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Izael Ribeiro, acusou o prefeito de Maceió, JHC, de adotar uma “manobra política” ao encaminhar, de forma acelerada, à Câmara de Vereadores um projeto de reajuste salarial de 5% para os servidores municipais. O aumento foi dividido em duas parcelas de 2,5%, com pagamento previsto para maio e outubro deste ano.

A medida provocou indignação entre os profissionais da educação, que estão em greve desde o último dia 5. De acordo com o Sinteal, o índice proposto é inferior ao próprio percentual apresentado pelo Executivo municipal na segunda semana de paralisação, quando a prefeitura ofereceu 6,27%, também em duas parcelas. Na ocasião, a categoria rejeitou a proposta por unanimidade, considerando-a insuficiente diante das reivindicações acumuladas.

Em nota oficial, o sindicato afirmou que a iniciativa do prefeito desvaloriza a educação pública e ignora as demandas urgentes da rede municipal de ensino. Entre as principais queixas estão a precariedade das condições estruturais das escolas, a ausência de transporte escolar adequado e a falta de profissionais para garantir a inclusão de crianças com deficiência.

“O prefeito, ao enviar uma proposta menor que a já recusada, desrespeita os trabalhadores e joga com o futuro da educação de Maceió”, afirmou Izael Ribeiro. O sindicato promete intensificar a mobilização caso a gestão municipal mantenha o atual posicionamento.

O projeto de reajuste com percentual de 5% para todos os servidores municipais foi aprovado pela Câmara. na sessão desta terça-feira (20).

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